sexta-feira, 1 de junho de 2012

Comunicação 2.0: a linha tênue entre um post e uma crise


*Por Lívia dos Santos

Já cansamos de ler e debater a importância da comunicação 2.0, ou seja, nas redes sociais, blogs e plataformas digitais. Mas será mesmo que nós, profissionais, e as marcas, aplicamos todo o nosso conhecimento no dia a dia?

Semana passada aconteceu mais um caso que, na minha opinião, é mais um exemplo de que precisamos pensar em todas as alternativas antes de uma ação de comunicação e/ou promocional e na hora de responder aos consumidores/clientes.

A Pom Pom, marca de fraldas descartáveis, promoveu um concurso cultural no Facebook chamado “Mostre ao mundo o amor pelo seu bebê”, em que qualquer pessoa poderia mandar uma foto com o seu bebê e as três fotos mais ‘curtidas’ na rede social levavam prêmios, entre eles, ganhavam 6 meses de fraldas Pom Pom.



Entre as fotos tradicionais de bebês – no caso, crianças – duas pessoas inscreveram seus animais de estimação: Léo, um gato, e Bruce, um cachorro, ambos com deficiências físicas que necessitam utilizar fraldas descartáveis 24 horas por dia/7 dias por semana. As fotos foram aprovadas pelo concurso e foram pra votação. Resultado: as mais curtidas da página.




Estava tudo bem até que a Pom Pom publicou uma nota em sua página, na noite de segunda-feira (21), comunicando que as duas fotos foram retiradas e desclassificadas, pois as fraldas da marca não são para animais, apenas para humanos. O caos foi instalado. Alguns foram a favor, porém a maioria foi contra a decisão. Essa publicação foi deletada e uma nova publicação foi postada na madrugada de terça-feira (22), ainda com a revolta dos usuários.

Assim, um grupo se formou e criou outra página no Facebook – Não compre Pom Pom – em que mostram a posição contra a decisão da empresa e divulgam a história de outros animais que precisam de fraldas, em função de suas deficiências. Também criaram a hashtag #naocomprepompom pra levar a discussão para o Twitter, mais uma rede social, e divulgar o caso.

Após tudo isso, a Pom Pom voltou a se pronunciar em sua página no Facebook, mas dessa vez, anunciando que se comoveu e resolveu doar mil fraldas para cada um dos animais.

Bom, agora que já conhecemos o caso, quero levantar alguns pontos aqui para discutirmos a partir do ponto de vista da comunicação, deixando de lado as opiniões pessoais:

- Quando se cria uma ação/campanha, temos que pensar em todas as alternativas e deixá-las claras. Embora esteja claro que uma marca de fraldas cria um concurso para bebês (crianças), nada impedia no regulamento a publicação de fotos de animais.

PAUSA NESSE MOMENTO: a sociedade mudou seus conceitos. Muitos não têm filhos, vivem sozinhos, enfim, e veem o animal como um filho, um bebê mesmo (eu faço parte desse grupo rs). Da mesma forma como um casal, hoje, não pode ser visto apenas como homem e mulher. Ou seja, temos que levar em consideração todas as possibilidades, afinal, como profissionais de comunicação não temos que estudar sociologia, filosofia, entre outras disciplinas, além de observar as tendências, as mudanças, a sociedade (nosso público), justamente para nos prepararmos e sermos completos em nossos planejamentos?

- Vamos concordar: são justamente essas respostas em concurso que são inusitadas e surpreendentes que chamam a atenção, comovem, geram repercussão e ganham. Então, eu vejo como criativas as pessoas que romperam ali a barreira e publicaram as fotos de seus “bebês”.

- Sim, no regulamento não tinha NADA banindo esse tipo de publicação – e eles admitiram no último comunicado – e mais: na última cláusula, dizem “A participação no presente concurso implica no total reconhecimento e aceitação das condições estabelecidas neste regulamento”, seja a organização, seja o participante, certo? Então, uma vez que as fotos foram aprovadas pelo concurso (como grifei acima), sinal que estavam de acordo.

- Já que as fotos estavam publicadas e recebiam GRANDE aprovação popular, mas detectaram que não foi bem exposto o fato de ser um concurso apenas para crianças, por que não já anunciar a comoção com os casos e a doação? Nesse caso, provavelmente estaria aqui contando como um case bem sucedido, quando uma empresa vê a manifestação e já faz uma ação “do bem”, social. Acredito que teria sido “aplaudida” desde o início e a repercussão totalmente positiva.

- Por que deletaram o 1º comunicado? Sinal de que não devem ter escrito de uma forma comovente, delicada e compreensiva, pois com a maioria dos votos e repercussão, já dá pra notar que é um público “passional”, “sensível” a causa. Logo, teria que ter todo um cuidado especial no comunicado. Fora que deletar postagens, ainda mais com críticas, é super #fail né?

- Por fim, esperaram toda a comoção, toda a imagem negativa que se formou para solucionar com as doações. Tá certo que foi tudo bem rápido, pois as postagens da marca e a nova posição com o anuncio da doação, foi em cerca de 24h – se comparado com casos como a Arezzo que a marca demorou pra se pronunciar –, mas, com todos os pontos acima, concordam que poderia ter sido evitada várias vezes: seja no planejamento, regulamento, aprovação das imagens, 1º anúncio deletado, 2º anúncio e, enfim, as doações? #pensenisso

Conclusão: os profissionais e as marcas, ainda, no dia a dia acabam cometendo esses pequenos erros, pensando que não podem gerar crises de imagem e reputação, mas estão errados. Uma foto, um comentário, um tweet, um concurso...qualquer ação gera reação e pode ser negativa. A lição que eu tiro é que precisamos analisar mais nossos públicos, prever melhor o resultado, comunicar de forma mais clara e transparente...ser realmente estratégico! É uma missão, mas não é impossível e somos preparados pra isso ;)

*Lívia dos Santos (@Lii_Santos) é Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo e analista de comunicação em agência de assessoria de imprensa. Já atuou em departamento de marketing e iniciou a carreira com eventos institucionais. Além de jobs e freelas com redes sociais, escreve para o #blogrelacoes, com coluna sobre grandes ideias/ações/campanha de comunicação, e também para o Blog @suaslindas, sobre assuntos ligados ao universo feminino.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Um site inova ao usar o cinema como forma de difundir novas ideias mercadológicas e regatar o espírito empreendedor dos leitores.


Um site inova ao usar o cinema como forma de difundir novas ideias mercadológicas e regatar o espírito empreendedor dos leitores.

Espalhar ideias empreendedoras e criativas por meio de análises de filmes e embasadas em conceitos corporativos contemporâneos. 
Este é o principal objetivo do CINEBusiness, um site que procurar aliar negócios, cultura e empreendedorismo em artigos escritos (ou falados) por profissionais de várias áreas de atuação. 
No ar desde 2010, o CINEBusiness passa atualmente por sua maior reformulação. Com nova logomarca, layout moderno, imagens maiores e mais atraentes e com gestão profissional, o site mostra que pretende, de fato, conquistar seu espaço no universo digital e ampliar sua base de leitores.
O projeto surgiu no final de 2009 quando Enrico Cardoso, profissional de marketing natural de Volta Redonda, pensou em transmitir às pessoas que empreendedorismo não é um dom, mas sim uma questão de iniciativa aliada a técnicas empreendedoras que poderiam ser ensinadas, aprendidas e difundidas. 
Enrico sempre acreditou que a cultura era o melhor canal para crescimento pessoal: “temos que focar na cultura como ponto de aprendizado”, afirma o jovem empreendedor. Pensando nisto, deduziu que a melhor maneira de espalhar suas ideias era por meio de um blog que usasse o cinema como meio de divulgação e ensinamento. “O cinema é um canal para que possamos ampliar a bagagem cultural das pessoas e, com isso mudar suas ideias”, acredita. 
Foi com este foco que, em janeiro de 2010, ele se juntou com Alexandre Viveiros, Marcus Vinicius Paiva e Wendell Carvalho e fundaram o CINEBusiness, cujo primeiro artigo foi uma análise sobre a ganância corporativa tendo como referência cinematográfica o megassucesso Avatar. 
A iniciativa prosperou e o CINEBusiness cresceu. 
Inicialmente com apenas quatro colaboradores, hoje o site conta com 15 profissionais das mais diversas formações e experiências. Todos têm o compromisso de postar um artigo por mês e contam com liberdade para escolher o tema a ser abordado e, claro, o filme em questão. Porém, agora, eles devem seguir o Manual do Autor, um conjunto de padrões e regras que aborda desde a forma e limite dos textos até questões de autoria e pontualidade na entrega dos artigos.
O CINEBusiness está em busca de novos leitores.  Para isto, está orientando suas luzes para o público jovem, normalmente universitários, que adoram cinema, são ávidos consumidores de filmes, “heavy users” em internet e antenados com as novas tecnologias. 
Desta forma, os administradores do CINEBusiness se preocuparam com a posição do site na busca orgânica do Google. Técnicas de SEO foram implementadas e os artigos têm estrutura aprovada pelo W3C para melhor performance nos navegadores. 
Além disso, o CINEBusiness da agora, início a uma versão mobile do site.
Todas estas preocupações apontam para uma maturidade do site e também de seus gestores. 
Seu fundador, Enrico Cardoso, aplica na prática tudo aquilo que prega em suas palestras e cursos de gestão de marcas, branding e marketing: ideias e atitude. “Olhando o primeiro site, que ainda está no ar, é possível ver que demos um salto gigantesco em qualidade”, orgulha-se. 
E não é para menos. O CINEBusiness mostra que está no caminho certo!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Klout - Usando a influência a seu favor.




Qual a sua finalidade nas redes sociais? Você tem um objetivo? Trata sobre algum assunto em específico? Ou está por lá apenas pra passar o tempo?

As redes sociais podem guardar muito mais do que você imagina. Elas podem, por exemplo, trazer vantagens únicas ou dar recompensas por seus esforços. Tudo isso pode ser muito interessante e tem alterado bastante a forma como empresas e pessoas se relacionam nesse ambiente.

Ser influente na internet demanda dedicação e conhecimento relevante sobre o assunto que você aborda e discute dentro das redes sociais. Os mensuradores de influência ajudam a identificar quais perfis são mais engajados e cumprem com o papel de propagar ideias, além de manter um bom nível de conversa sobre determinados assuntos nos meios sociais. Esses mensuradores são aplicativos que contam com o sistema de métricas para chegar a um resultado aproximado sobre o seu grau de influencia nas redes. 

O klout score é um dos mais utilizados no momento. Esse mecanismo determina o quão engajado e influente você é. Esses resultados dependem de um determinado número de variáveis,que abrangem o numero de retuites, de seguidores, de pessoas influentes que te seguem, de propagação de seus tuites, de curtidas,
de comentários, de cliques nos links postados por sua conta e etc. Depois de uma análise criteriosa de seus passos pelas redes sociais, o klout gera uma pontuação. Esses pontos gerados ficam entre 0 a 100, nos quais o 0 corresponde a uma influência nula e 100 a um forte grau de influencia. 

Existem também vários outros mecanismos de levantamento de pontuação. Dentre eles é possível citar o Peer Index, o Twiiter Grader, o Kred e o Twitalyzer. Segundo o site Galileu, podemos considerar um usuário com klout acima de “60” como bem colocado e influente nas redes sociais: “no geral, um usuário com nível acima de 60 representa uma autoridade online em determinado assunto, e 100 traduz um nível altíssimo de influência”.




O klout separa, também, a influência por tópicos. Esses tópicos podem ser gerados pelos próprios usuários do serviço, ou o próprio mensurador chega a conclusão de que sua conta é influente sobre um determinado assunto e trata de criar o tópico para você. Quem pode confirmar se um indivíduo é, de fato, influente sobre o tópico gerado são seus amigos e seguidores. Eles podem acrescentar pontuações aos tópicos de acordo com o que eles acham de seu desempenho nas redes sociais. Com isso, é possível verificar se um usuário
possui um alto nível de influência sobre o tópico, ou se ele tem um baixo nível no domínio do assunto.

O próprio klout dá regalias para pessoas que possuem bons níveis de influência nas redes sociais. Ele pode dar benefícios como: descontos para compras em sites, cartões de visita de graça, exclusividade no acesso de uma plataforma para redes sociais e muitas outras vantagens. Tudo que é necessário é um bom ranking no Klout, e ter influência em tópicos relacionados às ofertas disponíveis no site.

Não é só isso. Muitas marcas já perceberam que buscar por pessoas influentes nas redes sociais ajuda na propagação de seus produtos e serviço. Tem sido muito comum as empresas que entram em contato com usuários influentes e dão gratificações para que eles divulguem alguns de seus produtos ou serviços em seus perfis pessoais. Certamente, apostar em perfis que demostram ter mais audiência pode garantir um retorno positivo. Isso gera um círculo agradável de recompensas, tanto para os usuários das redes, quanto para as marcas que fecham parcerias com eles.

As recompensas por fazer divulgação de produtos e serviços podem vir em forma de pagamento em  dinheiro ou por produtos. Em alguns casos podem render viagens ou serviços disponibilizados pela própria marca.

Cabe à marca apostar em usuários fortes e que representem um bom investimento para a vinculação de seus produtos/serviços. 

Levar em consideração a imagem do “divulgador” é muito importante. Não seria muito interessante escolher um perfil para propagar o nome de uma marca apenas por sua pontuação no klout. É essencial que sejam tomados alguns cuidados no momento da escolha.

Como posso fazer para acertar na escolha de um propagador?

• O ideal é que os usuários dos serviços das redes sociais já tenham influência relacionada ao produto ou serviço que se pretende divulgar.
• O número de seguidores também conta bastante. Mas não adianta ter muitos seguidores e não possuir influência sobre eles. Existem contas com vários seguidores e klout entre 10 e 20.
• Também é interessante traçar o perfil do seu propagador. Por exemplo, não seria muito sensato escolher uma conta de um vegetariano para lançar uma nova linha de alimentos baseado em carne bovina, não acha? Verificar como o usuário da rede se comporta é fundamental para não cometer esse tipo de erro. Esse usuário pode até ter influência sobre carne bovina, mas seus tuites são contrários ao consumo desse tipo de alimento.

E você, usuário, já conhece o Klout, ou outras métricas de análise do seu capital social? Compartilhe com a gente!


Por
Andrei Santos Silva 
24 anos. 
Aracaju-SE 
Gestor de marketing formado pela Faculdade de administração e negócios de Sergipe. 
Administrador do blog Andrei MKT e colaborador no blog Etc e Tal Digital. 
Redes sociais: 
Twitter: @andreissilva 
Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000305344766 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Violino ou Guitarra - O conflito de gerações na orquestra corporativa


Navegando hoje pelas redes sociais, encontrei um vídeo do professor e filósofo Mário Sérgio Cortella, que muito admiro, e que em certo ponto abordava esse assunto. Na verdade o vídeo ia um pouco além, falava sobre o impacto da vida moderna nas novas gerações e como essa tão falada Geração Y está sendo influenciado pela urbanização das relações sociais e o impacto disso nas relações dentro das empresas. Cortella atenta ao fato de que a criação distanciada dos pais e dos avós proporciona uma perda da compreensão de autoridade, hierarquia e maturação de processos. Segundo ele, essa postura influencia diretamente nas relações interpessoais dentro das empresas, que recebem jovens cada vez mais qualificados e, ao mesmo tempo, mal educados. Mas a parte que mais me chamou a atenção trata justamente da pressa e da ausência de paciência com a qual nós, estamos nos acostumando a viver.

A troca de informações, a velocidade das compras, a intensidade da busca por novas experiências que vão desde as redes sociais, aplicativos para celular, todo o universo mobile, só de pensar em todas as possibilidades é como se um turbilhão de bites invadisse nossa mente. Além de todo o dinamismo que a internet 2.0 está trazendo para a vida do usuário, o compartilhamento entre as redes, algoritmos que adivinham o que você quer antes mesmo de você se dar conta disso, lojas virtuais que traçam um perfil socioeconômico dos visitantes depois de alguns cliques, justamente para ofertar futuramente algo que se encaixa perfeitamente no estilo de vida desse usuário que, segundo Cortella, é um nativo digital, que nasce acostumado com a mobilidade, instantaneidade, simultaneidade e velocidade, que se traduz em: tudo agora, já, ao mesmo tempo e junto.

Voltando a analisar tudo isso no contexto corporativo, a mistura de gerações não é apenas uma boa alternativa, mas se torna uma prática essencial para que a empresa possa aproveitar o melhor dos dois lados. Nessa situação, a capacidade dos gestores em harmonizar esse ambiente é fundamental. Por um lado os mais novos agrega um tremendo senso de urgência, um alto nível de adaptação a novas plataformas e novos conceitos, o que ajuda muito num mercado cada vez mais caótico. Por outro lado, a capacidade dos mais antigos de trabalhar em cima da paciência, persistência e resistência são um ativo importantíssimo, afinal, ainda somos seres limitados pelo tempo e cada um tem o seu próprio ritmo, e é preciso saber respeitar isso.

Como o próprio Mário Sérgio Cortella diz, é nesse momento que a capacidade de concertar tudo isso por parte dos gestores é essencial. Sim! Concertar com “c”, que vem de concerto. Para que a orquestra corporativa não desafine e que instrumentos clássicos como violino ou um violoncelo, estejam em comunhão com as guitarras e contrabaixos da juventude.


Por Adriano Carioca Santos

"Acredito que o sucesso se faz em conjunto, unindo mentes criativas e atitudes corajosas. É preciso ter gana pra fazer o inimaginável, o inalcansável. Não basta ser muito bom, ser o melhor não significa nada. Você precisa ser diferente, ser notável. Boas idéias morrem sem a audácia de "fazer acontecer". Precisamos ser "imparáveis" e estar nessa pela jornada, e se comprometer em aprender e ensinar cada dia mais."

Twitter: @adrianoresolve

terça-feira, 27 de março de 2012

Pesquisa - Por quê? Pra quê? Como?




Dentro do marketing digital, alguns conceitos tornaram-se quase lei. É sabido que medir é importante e que pesquisar também é importante. No entanto isso deve passar pelo crivo da razão. 

É muito comum vermos todos os gestores e analistas de marketing preocupados em obter dados, mas sem saber o que fazer quando os têm nas mãos. Dados sem interpretação são apenas números e de nada servem, para isso é necessário antes de tudo, saber o que se busca.

De nada serve uma ferramenta tão completa como o Google Analytics, ou mesmo a possibilidade de pesquisas simples como a ferramenta de enquetes do Blogger ou do Facebook, se não se sabe utilizá-las.

O primeiro ponto a ser pensado é o que se quer saber. Essa deve ser uma pergunta que deve ter uma resposta simples e objetiva. Por exemplo: “De onde vem o fluxo de visitas do meu site?” 

Em seguida, determina-se a ferramenta a ser utilizada. Na maioria dos casos, existem ferramentas free, extremamente interessantes que podem trazer os dados necessários.

Em casos de amostragens grandes, pode ser necessário segmentar a amostra a ser pesquisada.

Com esses pontos definidos, deve-se determinar o período de pesquisa, que pode ser pregresso ou começar a partir de determinada ação. Esse ponto é de extrema importância para uma posterior comparação.

Obtidos os dados, começa a fase analítica. A mais complexa do processo e que deve contar com uma capacidade de “interpretação” dos dados, para que os mesmos expressem informações e isso se dá com base no desdobramento da pergunta inicial. No caso do nosso exemplo: 

- Tráfego do site: 
  • Digitação direta?  (provavelmente campanhas off-line – desdobrar em quais campanhas?);
  • Motores de busca? (Bom posicionamento nas buscas – desdobrar por quais palavras?);
  • Redes sociais? (Resultado de campanhas nesses canais – desdobrar em quais canais?);

E a partir daí, continuar desdobrando os dados para uma análise mais completa.

Com isso, pode-se emitir uma conclusão, pontuando se os resultados estão satisfatórios ou não. 

No entanto o trabalho não termina por aí. Aliás, aí é que o trabalho começa realmente. Pois a fase seguinte é traçar o plano de ação. O que fazer com base nas conclusões obtidas? Se os resultados tiverem sido bons, o que fazer para otimizá-los, caso tenham sido negativos, o que fazer para corrigi-los. Assim poderemos traçar as metas, o plano de ação e o prazo de reavaliação, através de uma nova pesquisa que deve ser comparada aos resultados anteriores.

Tudo isso parece óbvio, mas é tão pouco praticado que chega a assustar.

E você? O que acha? Como tem feito suas pesquisas e avaliações das métricas obtidas ultimamente? Conte pra gente!

Um grande abraço e um dia repleto de sucessos!

Por 
Elizabeth Cunha
Artigo publicado originalmente no Blog Midia8

sexta-feira, 23 de março de 2012

Quando o cliente pede conselho a uma marketeira de TPM




Bem, tudo começa, com a sigla, TPM. Traduzindo: Tensão Pré-Menstrual, certo? Errado!!erradissimo, por sinal. Tradução correta de TPM: Totalmente Pirada e Maluca , mas, neste caso, o que se encaixaria perfeitamente seria: Treinada Para Matar!
Vamos lá...vocês estavam esperando mais um relato pessoal não é? E lá vem!
Esta semana eu vim com um bônus da minha amiga marketeira! Que aliás, odeia quando eu a chamo de marketeira e aí já começa o stress!!!
TPM! E nós mulheres, para quem não sabem, quando somos muito ligadas, acabamos menstruando juntas, só que temos reações diferentes. Durante a semana que antecede o período menstrual, umas mulheres ficam sensíveis (essa sou eu), e outras grossas como uma palmeira imperial, com a sutileza de um mamute (essa é a doce e sutil ogra da minha amiga marketeira).
Depois das explicações, quase fisiológicas, vamos ao "causo" em si.
Segunda feira linda, inicio da semana, mente leve, fresquinha, descansada, sem perturbações. Um ótimo dia para ligar para a amiga e pedir um breafing para uma ação da loja! De manhã cedo, pego o telefone, feliz da vida AINDA (ênfase no "Ainda").
Um toque...dois toques...três toques...quatro toques...vários toques...caixa postal! Pensei comigo: "Ué?! Por que ela não me atende? Vou ligar de novo!" Telefone toca...toca...toca...e nada!
Um tempo depois ela retorna e eu, feliz (ainda), atendo:
- Faaaalaaaaa! E ai, tudo bem?
- Pô Thali, eu tava na sala do meu diretor e você ligando sem parar, igual a uma louca descontrolada. O pior é que o telefone estava tocando alto “ Eu sou o lobo mau, au au! Eu sou o lobo mau, au au!"
Eu, caí na gargalhada, enfurecendo mais a fera, tornando ela o lobo mau e eu a chapeuzinho! Embora eu nem imaginasse o perigo que estava correndo. Ainda tentei fazer um trocadinho e não poderia existir hora mais errada para essa infame "brincadeirinha".
- E por que você não aproveitou e foi dançando atrás dele? Eu não poderia imaginar que você estava lá com ele e o telefone não estar no silencioso, como você sempre faz. Ô,ponei minha bola de cristal acabou a bateria e eu não fui comprar outra!



Enquanto isso,eu me acabando de rir. Pronto! Foi o suficiente! Tempo fechado! Tinha cutucado a onça sem vara curta, com o dedo mesmo! Aí ela, sutilmente, respirou fundo e disse:
- Fala, Thali! Fala, o que você quer. Era caso de vida ou morte não era? Só pode ser! Para você estar assim sem controle! - Nesse momento passava no meu pensamento: "Eu, sem controle?"
O “ ainda feliz” já tinha ido embora,pois eu sou o lado sensível da TPM, lembra? Queria responder,fiz beicinho que iria chorar. Só queria entender por que ela tava falando daquele jeito. Mas me fiz de forte e continuei:
- Então... Estava querendo fazer uma ação de outono e tal... (Ela me corta!)
- Ação de outono?
- É! Outono, primavera...
- É eu sei quais são as estações do ano! Mas pra quê? Qual o objetivo?
- Ahh, sei lá... - A essaaltura do campeonato, já estava nervosa e nem sabia mais pra quê eu queria a ação. Tinha esquecido, depois desse monte de “cavalices”!
- Que idiotice Thali! Ação de Outono! - disse ela com o ar bem debochado.
- Mas... idiotice por que? - Com os olhos já, cheios de água - Por que você achou idiota? Está falando que eu sou idiota? - Aí já comecei a crise!
- Idiota você está sendo agora! Ahhh vai começar com a frescura? Quer fazer açãozinha, quer?Quer gastar Dinheiro, quer? Faz essa droga então! Não vai dar certo essa merda mesmo!
- Poxa...mas por que você tá falando assim? O que tá acontecendo?
- O que ta acontecendo? Tu quer me ferrar, né?! Me liga igual uma louca, toca a musiquinha idiota, que você coloca como toque no meu celular para seu saber que é você, que ainda por cima, toca alto. Meu chefe enchendo o saco e você vem com açãozinha de outono? Ahhhh que se dane o outono! Outono está ficando frio, a mulherada está encalhada e ningém vai mostrar a perna cabeluda pra ninguém! Se bem que essa porra de Rio de Janeiro é imprevisível... é capaz até de dar praia com esse calor!
Eu esqueci completamente da ação. Foquei na musiquinha! Estou sensível e acabei levando para o lado pessoal!
- Mas você achou a musica idiota? Você tinha dito que tinha adorado!
- Ahhh Thali... droga de música, agora quer por musica na ação de outono?
- Mas quem tá falando em música? Estou falando da nossa relação de amizade! A música do celular...
- Ahhhh agora quer discutir relação? Só me falta essa! Está fazendo tempestade em um copo d´água. Tá menstruada, é?
- Tô!
- Ih! Eu também!
Morreu o pombo! (Aprendi essa frase esses dias! Morreu o assunto!)
Então, hoje estou aqui, para contar esse desabafo! Afinal...hoje ainda é sexta e eu continuo sensível e sem a ação! Psicólogo está caro, não dá para desabafar com o rinoceronte da minha amiga. Então vim aqui chorar minhas lamurias com vocês, afinal...(pausa para soar o nariz!) a musiquinha no celular é importante para identificar as pessoas que gostamos, não é?!
Moral da história...
Não invente nada quando sua amiga marketeira estiver de TPM, ela destrói a sua ação...e a sua vida!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Gameficação: Casos e aplicações nos negócios

Gameficação é um termo que tem sido utilizado cada vez mais nos espaços da internet e que tem tomado conta das ações nas redes sociais e empresas no mundo todo.
Você está cansado de realizar tarefas do cotidiano e também não se importa se é necessário ter que concluir atividades como: regar as plantas, limpar a casa, lavar as roupas etc. Tudo parece ficar mais interessante quando você ganha algo em troca e tira vantagens desse trabalho todo, não é? Imagine receber uma pontuação por cada tarefa realizada e depois de concluí-las, como num jogo, receber pontuações extras, e recompensas por seu desempenho.
Redes sociais como o Foursquare e o Getglue fazem isso muito bem. O Foursquare aliou a vontade de conhecer novos lugares com a dinâmica por busca de pontos e recompensas. A cada check-in uma pontuação para o usuário, que vai acumulando e gerando um placar entre os seus amigos na rede social. À medida que seus check-ins são diversificados, ou se repetem, você recebe badges e nomeações de prefeito dos locais. Isso acaba impulsionando o engajamento do usuário na rede social. O que poderia ser chato ou simplesmente uma forma de ver aonde os outros vão e estão se tornou uma brincadeira interessante e cheia de desafios para os círculos de amizade. Não é difícil de você se pegar rivalizando, até involuntariamente, com seus amigos, da rede, em busca de mais pontos e de mayorships (prefeituras).
O Getglue é menos competitivo, mas ainda carrega em sua essência elementos da gameficação. Essa rede de entretenimento também funciona por meio de check-ins, mas, nesse caso, são check-ins de conteúdo de entretenimento e a fazeres como festas, dormir, passear, correr, jogar, assistir séries, filmes, música e etc. Por lá também existem as recompensas, que são representadas por “stickers” adesivos dos temas que você mais gosta e, por sua vez, faz mais check-ins. Esses adesivos são enviados por correios à sua casa quando formada uma quantia mínima de vinte stickers diferentes. Como era de se esperar as pessoas começam a busca por sticker novos, consequentemente mais check-ins e engajamento dentro da rede.
Tornar a vida um jogo parece ser algo promissor atualmente, fazer coisas simples como ouvir uma música se tornou uma aventura em busca de adesivos dos seus cantores favoritos. E parece que tudo tem mais graça desse jeito.
É pensando assim que muitas empresas estão fazendo a coisa certa. Dar uma recompensa por interagir ou manter um vínculo com uma marca é muito gratificante. Os consumidores estão prontos para jogar e se divertir e, no final, ter algo em troca. A gameficação acaba trazendo uma sensação de disputa saudável e que pode ser desenvolvida de forma bem simples ou bem mais complexa. Dentro de organizações, de maneira simples, esse elemento já existe há algum tempo e pode ser encaixado como uma ação de gameficação. Quando uma equipe de vendas recebe uma gratificação por atingir a meta do mês. Essa equipe passou dias em uma maratona  trabalhando duro com o objetivo de ser reconhecida por seu trabalho, obtendo metas diárias até o objetivo final. Isso é um elemento do jogo proporcionado pelo trabalho e instigado pela necessidade de alcançar um objetivo. Quando o mês chega ao fim esses funcionários terão um bônus por alcançar a meta estabelecida. A gameficação é bem mais comum do que você imaginava não é?
A gameficação está dentro e fora das organizações. Ela abrange desde pequenas, médias, e grandes empresas. Utilizar os recursos das redes sociais é uma boa saída para empresas de menor porte. Criar elementos de gameficação no ambiente de trabalho, de forma responsável, também é interessante e traz muitos resultados positivos. Desde os treinamentos ao trabalho propriamente dito. Experimentar esse método dentro das empresas pode ser muito vantajoso e garante interação no ambiente de trabalho. Isso torna o que poderia ser penoso em algo prazeroso. O mais interessante é que as práticas podem ser aplicadas desde o treinamento do pessoal. Leia esse trecho de um artigo disponível no site da Época gameficação dentro do ambiente de trabalho:
No ano passado, 140 mil pessoas participaram de disputas digitais em alguns dos treinamentos do Bradesco. Foram 30 mil, na Escola Itaú Unibanco de Negócios. “O game ajuda o executivo a perceber os pontos vulneráveis, sem que nada seja dito e sem defensiva. Ele vê o resultado imediato de seu comportamento durante a partida”, diz Glaucimar Peticov, diretora da área de treinamento do Bradesco. As primeiras experiências do banco começaram em 2003. Hoje, todos os funcionários que lidam com clientes e negociações, do caixa até o presidente, passaram por algum treinamento do gênero. O banco também usa o recurso na seleção de pessoas.
Neste caso o uso de uma plataforma foi necessário para melhorar a aplicação de treinamento e da avaliação dos profissionais. Existem, também, outras formas de fazer uso da gameficação de maneira menos complexa. A criatividade conta muito, e podem ser desenvolvidos diversos métodos para atribuir pontuação e dar privilégios aos funcionários. Um estímulo ao comprometimento de uma equipe pode ser gerado, por exemplo, a partir de um sistema de pontuação que funciona de maneira a pontuar um funcionário que demonstra ser mais simpático com seus clientes. Dessa forma, se o interesse for buscar satisfação com a venda dos produtos, os funcionários poderiam se empenhar mais em atender melhor seus clientes e, com isso, ter algum tipo de gratificação da empresa na qual trabalha.

As marcas usam gameficação para atrair e criar laços com o cliente. Esse é o caso da McDonald's que, por exemplo, criou um outdoor interativo num pais da Europa, e disponibilizou um jogo que necessitava apenas da câmera do telefone celular dos transeuntes. Caso eles conseguissem capturar uma foto de um dos lanches da rede de fast-food, seria recompensado com o mesmo lanche no restaurante mais próximo.


Outro caso mais complexo é o da marca de água Contrex que criou uma forma muito divertida de perder calorias e interagir com seu público. A marca criou um show de luzes que respondem quando as mulheres pedalam em bicicletas dispostas em uma praça. A recompensa: o show que era proporcionado pelas luzes! 




Fora das organizações, nos meios de promoção, também existem inúmeros meios de agregar esse método nas campanhas e ações das empresas. Cabe aos setores responsáveis adotar os melhores métodos.
Introduzir elementos de jogos parece ser um bom caminho para alcançar resultados mais consistentes com menos esforços.


Por
Andrei Santos Silva 
24 anos. 
Aracaju-SE 
Gestor de marketing formado pela Faculdade de administração e negócios de Sergipe. 
Administrador do blog Andrei MKT e colaborador no blog Etc e Tal Digital. 
Redes sociais: 
Twitter: @andreissilva 
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