Você
está cansado de realizar tarefas do cotidiano e também não se importa se é
necessário ter que concluir atividades como: regar as plantas, limpar a casa,
lavar as roupas etc. Tudo parece ficar mais interessante quando você ganha algo
em troca e tira vantagens desse trabalho todo, não é? Imagine receber uma
pontuação por cada tarefa realizada e depois de concluí-las, como num jogo,
receber pontuações extras, e recompensas por seu desempenho.
Redes
sociais como o Foursquare e o Getglue fazem isso muito bem. O Foursquare aliou
a vontade de conhecer novos lugares com a dinâmica por busca de pontos e
recompensas. A cada check-in uma pontuação para o usuário, que vai acumulando e
gerando um placar entre os seus amigos na rede social. À medida que seus
check-ins são diversificados, ou se repetem, você recebe badges e nomeações de
prefeito dos locais. Isso acaba impulsionando o engajamento do usuário na rede
social. O que poderia ser chato ou simplesmente uma forma de ver aonde os
outros vão e estão se tornou uma brincadeira interessante e cheia de desafios
para os círculos de amizade. Não é difícil de você se pegar rivalizando, até
involuntariamente, com seus amigos, da rede, em busca de mais pontos e de
mayorships (prefeituras).
O
Getglue é menos competitivo, mas ainda carrega em sua essência elementos da
gameficação. Essa rede de entretenimento também funciona por meio de check-ins,
mas, nesse caso, são check-ins de conteúdo de entretenimento e a fazeres como
festas, dormir, passear, correr, jogar, assistir séries, filmes, música e etc.
Por lá também existem as recompensas, que são representadas por “stickers”
adesivos dos temas que você mais gosta e, por sua vez, faz mais check-ins.
Esses adesivos são enviados por correios à sua casa quando formada uma quantia
mínima de vinte stickers diferentes. Como era de se esperar as pessoas começam
a busca por sticker novos, consequentemente mais check-ins e engajamento dentro
da rede.
Tornar
a vida um jogo parece ser algo promissor atualmente, fazer coisas simples como
ouvir uma música se tornou uma aventura em busca de adesivos dos seus cantores
favoritos. E parece que tudo tem mais graça desse jeito.
É
pensando assim que muitas empresas estão fazendo a coisa certa. Dar uma
recompensa por interagir ou manter um vínculo com uma marca é muito
gratificante. Os consumidores estão prontos para jogar e se divertir e, no
final, ter algo em troca. A gameficação acaba trazendo uma sensação de disputa
saudável e que pode ser desenvolvida de forma bem simples ou bem mais complexa.
Dentro de organizações, de maneira simples, esse elemento já existe há algum
tempo e pode ser encaixado como uma ação de gameficação. Quando uma equipe de
vendas recebe uma gratificação por atingir a meta do mês. Essa equipe passou
dias em uma maratona trabalhando duro com o objetivo de
ser reconhecida por seu trabalho, obtendo metas diárias até o objetivo final.
Isso é um elemento do jogo proporcionado pelo trabalho e instigado pela
necessidade de alcançar um objetivo. Quando o mês chega ao fim esses
funcionários terão um bônus por alcançar a meta estabelecida. A gameficação é
bem mais comum do que você imaginava não é?
A gameficação está
dentro e fora das organizações. Ela abrange desde pequenas, médias, e grandes
empresas. Utilizar os recursos das redes sociais é uma boa saída para empresas
de menor porte. Criar elementos de gameficação no ambiente de trabalho, de
forma responsável, também é interessante e traz muitos resultados positivos.
Desde os treinamentos ao trabalho propriamente dito. Experimentar esse método
dentro das empresas pode ser muito vantajoso e garante interação no ambiente de
trabalho. Isso torna o que poderia ser penoso em algo prazeroso. O mais
interessante é que as práticas podem ser aplicadas desde o treinamento do pessoal.
Leia esse trecho de um artigo disponível no site da Época gameficação dentro do ambiente de trabalho:
No ano passado, 140 mil
pessoas participaram de disputas digitais em alguns dos treinamentos do
Bradesco. Foram 30 mil, na Escola Itaú Unibanco de Negócios. “O game ajuda o
executivo a perceber os pontos vulneráveis, sem que nada seja dito e sem
defensiva. Ele vê o resultado imediato de seu comportamento durante a partida”,
diz Glaucimar Peticov, diretora da área de treinamento do Bradesco. As
primeiras experiências do banco começaram em 2003. Hoje, todos os funcionários
que lidam com clientes e negociações, do caixa até o presidente, passaram por
algum treinamento do gênero. O banco também usa o recurso na seleção de
pessoas.
Neste
caso o uso de uma plataforma foi necessário para melhorar a aplicação de
treinamento e da avaliação dos profissionais. Existem, também, outras formas de
fazer uso da gameficação de maneira menos complexa. A criatividade conta muito,
e podem ser desenvolvidos diversos métodos para atribuir pontuação e dar
privilégios aos funcionários. Um estímulo ao comprometimento de uma equipe pode
ser gerado, por exemplo, a partir de um sistema de pontuação que funciona de
maneira a pontuar um funcionário que demonstra ser mais simpático com seus clientes.
Dessa forma, se o interesse for buscar satisfação com a venda dos produtos, os
funcionários poderiam se empenhar mais em atender melhor seus clientes e, com
isso, ter algum tipo de gratificação da empresa na qual trabalha.
As marcas usam
gameficação para atrair e criar laços com o cliente. Esse é o caso da
McDonald's que, por exemplo, criou um outdoor interativo num pais da Europa, e
disponibilizou um jogo que necessitava apenas da câmera do telefone celular dos
transeuntes. Caso eles conseguissem capturar uma foto de um dos lanches da rede
de fast-food, seria recompensado com o mesmo lanche no restaurante mais
próximo.
Outro caso mais
complexo é o da marca de água Contrex que criou uma forma muito divertida de
perder calorias e interagir com seu público. A marca criou um show de luzes que
respondem quando as mulheres pedalam em bicicletas dispostas em uma praça. A
recompensa: o show que era proporcionado pelas luzes!
Introduzir elementos
de jogos parece ser um bom caminho para alcançar resultados mais consistentes
com menos esforços.
Por
24 anos.
Aracaju-SE
Gestor de marketing formado pela Faculdade de administração e negócios de Sergipe.
Administrador do blog Andrei MKT e colaborador no blog Etc e Tal Digital.
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